Tenho dezoito longos anosAprendi a foder como ninguémMas não sei amar.Estou em dívida com a vidaQue me cobra a cada despedidaUma solução, um amor, um milagrePede pra que eu fique mais tempoEla sabe que estou cansadaE o meu prazer crucifica qualquer forma de amorParte ao meio todos que insistem em ficarFura os olhos d'almaE destroça o peitoEu faço chover cinzasE parece que será sempre assim.Quem dera foder me bastasseJá que suga tanta vida de mimPor que não me completa?Paus e bocetas em forma de coraçãoSeriam eles suficientes?Mil dedos preencheriam minha cama?A puta mais triste da cidadeEla poderia amar alguém?Permitiria que preenchessem seu coraçãoE não seus buracos?Há muito amor em mimEle escorre e fluiEu só não consigo sentirO vazio do momento sempre me levaPra outro lugarPra outra camaPra outra fodaPra outro adeusPra outra solidãoSe deus existisse, eu já o teria mandado emboraOu quem sabe dormisse com o diaboEu faço as pessoas revogarem o amor que me dãoMe debulho em lágrimas ao ouvir:Não posso maisPoderia ser um teatro, mas me dóiDói demaisRepelente de genteRepelente de amorEu sou a única causa da dorEstou sempre dizendo não ao amor.
domingo, 24 de agosto de 2014
Não Sei Amar
domingo, 17 de agosto de 2014
Não me dê a mão
Eu não tenho direção, não conheço retas lineares, todo o meu ser é um pequeno universo desconexo, vivo na corda bamba, na beira do abismo, na boca do lobo... Não importa o dia, é sempre perigoso trilhar esse caminho, ao meu lado você pode adentrar um paraíso cujo o céu tem as cores das chamas do inferno. Intensas erupções sobre a pele da alma, sangram, vazam, algumas tornam-se grandes feridas enquanto outras viram manchas escuras, cicatrizes sem forma, mas por todo corpo elas voltam a explodir, as emoções continuam a transbordar, vivendo em eterna erupção humana, desumana, sobre-humana, sub-humana e qualquer coisa que eu possa ser ou não ser. E em como todo universo; há um buraco negro, nunca é suficiente, nada alimenta, e nada me prende por muito tempo, cuspindo na poética do texto: sou uma cusona!
As vezes o prazer parece ser o único e verdadeiro deus existente na terra, venero-o como uma beata, escrava do hedonismo que se arrasta como um morto vivo, mas ataca como um lobo esfomeado. Minhas emoções rezam, mas dão tiros no escuro, e o sangue que escorre quase sempre é o meu ou daqueles que amo. Amanhã é sempre outro dia, afundo-me nas turbulências, afogo-me em tragédias, delicio-me em prazeres, me dê a mão, eu tentarei te amar, você pode acabar sem o braço, o veneno tem sabor de licor, eu vou tentar lhe amar, e vai doer, não importa quem seja você.
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